segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Deficiente com paralisia cerebral cria software que faz síntese de voz





















Um deficiente com paralisia cerebral criou um software que permite a síntese de voz de uma pessoa que tenha dificuldade em falar. O sistema criado por Paulo Condado ficará instalado no serviço de passaportes do Governo Civil de Faro.
Reportagem de Maria Augusta Casaca sobre o software Easy VoiceTeresa Caeiro questiona-se sobre quantos deficientes foram contratados ao abrigo de um diploma de 2001

Um deficiente com paralisia cerebral, doutorado em electrónica e computação, criou um software especial que permite que um deficiente que tenha dificuldade em se comunicar se possa fazer entender.

Lançado, esta quinta-feira, no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, o Easy Voice – Atendimento Sem Barreiras vai ficar instalado no serviço de passaportes do Governo Civil de Faro e permitirá a síntese da voz para este tipo de deficientes.

Este sistema criado por Paulo Condado, de 30 anos, e já elogiado em revistas científicas, permitirá também fazer chamadas telefónicas através do Skype.

A governadora civil de Faro espera que haja vontade para este «projecto pioneiro» alargá-lo a outros serviços em todo o país e que «as pessoas abram as portas, corações e mentes porque esta gente precisa de nós».

«É uma infraestrutura extraordinária para que pessoas com este tipo de deficiência e com estes problemas tenham um maior facilidade de contacto com os serviços públicos e espero que naturalmente esta ferramenta seja adoptada», acrescentou Isilda Gomes.

A propósito deste dia, a deputada Teresa Caeiro questionou-se sobre o número de deficientes que foram contratadas pelo Estado, autarquias e empresas ao abrigo de um diploma de 2001 que «prevê uma quota para pessoas com deficiência sempre que sejam abertos concursos».

«Enviámos para todos os ministérios, autarquias do país esta pergunta. Vamos aguardar dentro do tempo regimental para saber. Desconfio que sejam muito poucas e desconfio que nem todas as entidades respondam», acrescentou a parlamentar do CDS-PP.

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