sábado, 31 de outubro de 2009

A vida é mesmo a sim muito dura quanto mais ela e dora maiore é o dezafiu...






















Autoria de S.Jorge Rodrigues


PARA OS DEFICIENTES NÃO Á BARREIRAS
PARA NADA


QUER DIZER HAVER HÁ .
NÓS COM MUITA FORÇA DE VONTADE


CONSEGUIMOS FAZER TUDO OU QUER DIZER QUASE TUDO


PODEMOS LEVAR MAIS TEMPO


MAS CONSEGUIMOS FAZER TUDO


COMO OUTRA PESSOA NORMAL
AS VEZES O QUE PARCIA INPOSSÍVEL
ACONTECE



"A paralisia cerebral é um estado caracterizado por fraco controlo muscular, espasticidade, paralisia e outras deficiências neurológicas, como resultado de uma lesão cerebral produzida durante a gravidez, na altura do parto, depois do nascimento ou antes dos 5 anos.

A paralisia cerebral não é uma doença e também não é progressiva. As partes do cérebro que controlam os movimentos musculares são particularmente vulneráveis à lesão nos bebés prematuros e nos muito pequenos. A paralisia cerebral afecta 1 ou 2 em cada 1000 bebés, mas é 10 vezes mais frequente nos bebés prematuros e, especialmente, nos de pouco peso.

Causas

Diferentes tipos de lesões podem causar paralisia cerebral, mas, habitualmente, a causa é desconhecida. As lesões produzidas durante o parto e o fraco fornecimento de oxigénio ao cérebro antes, durante e imediatamente depois do nascimento são a causa de 10 % a 15 % dos casos. Os bebés prematuros são particularmente vulneráveis, possivelmente em parte porque os vasos sanguíneos do cérebro apresentam um desenvolvimento anormal e sangram facilmente ou porque não podem proporcionar oxigénio suficiente ao cérebro.

Os valores elevados de bilirrubina no sangue, frequentes nos recém-nascidos, podem desembocar numa doença chamada querníctero, com lesão cerebral. (Ver tabela da secção 23, capítulo 252) Contudo, a icterícia resultante dos altos valores de bilirrubina no sangue pode ser hoje em dia tratada facilmente nos recém-nascidos, e a incidência do querníctero diminuiu notoriamente. Durante os primeiros anos de vida, doenças graves, como a meningite, a sepse, o trauma e a desidratação grave, podem causar lesão cerebral e desembocar em paralisia cerebral.

Sintomas

Os sintomas da paralisia cerebral podem oscilar entre a falta de jeito quase imperceptível e a espasticidade grave, que torce os braços e as pernas e confina a criança a uma cadeira de rodas. Existem quatro tipos principais de paralisia cerebral:

Espástica (pela qual os músculos se tornam rígidos e fracos), que se manifesta em aproximadamente 70 % das crianças com paralisia cerebral.
Coreoatetóide (em que os músculos espontaneamente se movem devagar e sem controlo), que se apresenta em aproximadamente 20 % das crianças com paralisia cerebral.
Atáxica (pouca coordenação e movimentos inseguros), que ocorre em aproximadamente 10 % das crianças com paralisia cerebral.
Mista (em que dois dos tipos antes mencionados, em geral espástico e coreoatetóide se combinam), que ocorre em muitas crianças.
Na paralisia cerebral espástica, a rigidez pode afectar os braços e as pernas (quadriplegia), sobretudo as pernas (paraplegia), ou apenas o braço e a perna de um lado (hemiplegia). As pernas e os braços afectados encontram-se pouco desenvolvidos, são rígidos e fracos.

Na paralisia cerebral coreoatetóide, os movimentos dos braços, das pernas e do corpo são lentos, retorcem-se e são incontroláveis, mas também podem ser bruscos e esticões; as emoções fortes pioram os movimentos e o sono fá-los desaparecer.

Na paralisia cerebral atáxica, a coordenação muscular é pobre, e existem fraqueza e tremores musculares. As crianças que sofrem desta perturbação têm dificuldade em fazer movimentos rápidos e caminham com pouco equilíbrio, com as pernas amplamente separadas.

Em todas as formas de paralisia cerebral, a fala pode ser difícil de entender porque a criança tem dificuldade em controlar os músculos que intervêm na pronúncia das palavras. A maioria das crianças com paralisia cerebral tem outros problemas, como inteligência inferior à normal ou atraso mental grave. Contudo, aproximadamente 40 % destas crianças têm uma inteligência normal ou quase normal. Em 25 % dos casos de paralisia cerebral, em geral a de tipo espástico, produzem-se ataques epilépticos.

Diagnóstico

A paralisia cerebral, habitualmente, não pode ser diagnosticada nas primeiras etapas da infância. Quando problemas musculares tais como o fraco desenvolvimento, a fraqueza, a espasticidade ou a falta de coordenação se tornam evidentes, o médico tenta controlar a criança para determinar se o problema se deve a uma paralisia cerebral ou a uma perturbação progressiva, particularmente alguma que tenha tratamento. Em geral não se pode precisar o tipo de paralisia cerebral antes de a criança completar os 18 meses.

As provas laboratoriais não podem identificar a paralisia cerebral. Contudo, para afastar outras perturbações, podem realizar-se análises de sangue, estudos musculares eléctricos, biopsia muscular e tomografia axial computadorizada (TAC) ou ressonância magnética (RM) do cérebro.

Tratamento

A paralisia cerebral não tem cura, os seus problemas duram toda a vida. Contudo, existem alternativas que podem realizar-se para facilitar a independência da criança.

A fisioterapia, a terapia profissional, os colares e a cirurgia ortopédica podem melhorar o controlo muscular e a marcha. A terapia da fala pode melhorar a capacidade de expressão oral, contribuindo também para solucionar os problemas para comer. Os quadros epilépticos podem ser controlados por meio de anticonvulsivantes. (Ver tabela da secção 6, capítulo 73)

Muitas crianças com paralisia cerebral crescem normalmente e vão a escolas normais se não apresentarem deficiências intelectuais e físicas graves. Outras exigem fisioterapia extensiva, precisam de educação especial e estão muito limitadas nas actividades diárias, exigindo algum tipo de cuidado e assistência por toda a vida. Inclusive as crianças gravemente afectadas podem melhorar com a educação e o treino.

A informação e a assistência estão à disposição dos pais, a fim de os ajudar a entender a doença do filho e o seu potencial, assim como para os assistir nos problemas à medida que eles se vão apresentando. (Ver secção 23, capítulo 256) Para ajudar uma criança a alcançar o seu potencial mais elevado, a atenção carinhosa dos pais pode combinar-se com a ajuda dos organismos de assistência pública e privada, como as intervenções dos centros de saúde e dos organismos de reabilitação com fins humanitários.

O prognóstico depende habitualmente do tipo de paralisia cerebral e da sua gravidade. Mais de 90 % das crianças com paralisia cerebral sobrevivem na idade adulta. Só as mais gravemente afectadas (as que são incapazes de qualquer cuidado pessoal) apresentam um prognóstico de vida muito reduzido."