sábado, 27 de dezembro de 2008

Pessoa com deficiencia tem os mesmos direitos que outra pessoa colecer...



Pessoa com dificiente










Pessoa não deficiente










Muitas pessoas não deficientes ficam confusas quando estabelecem relacionamentos interpessoais com alguém com deficiência. Isso é natural. Todos nós podemos nos sentir desconfortáveis diante do "diferente".
Esse desconforto diminui e pode até mesmo desaparecer quando existem muitas oportunidades de convivência entre pessoas deficientes e não deficientes.
Não faça de conta que a deficiência não existe. Se você se relacionar com uma pessoa deficiente como se ela não tivesse uma deficiência, você vai estar ignorando uma característica muito importante dela. Dessa forma, você não estará se relacionando com ela, mas com outra pessoa, uma que você inventou, que não é real.
Aceite a deficiência. Ela existe e você precisa levá-la na sua devida consideração. Não subestime as possibilidades, nem superestime as dificuldades e vice-versa.
As pessoas com deficiência têm o direito, podem e querem tomar suas próprias decisões e assumir a responsabilidade por suas escolhas.
Ter uma deficiência não faz com que uma pessoa seja melhor ou pior do que uma pessoa não deficiente.
Provavelmente, por causa da deficiência, essa pessoa pode ter dificuldade para realizar algumas atividades e, por outro lado, poderá ter extrema habilidade para fazer outras coisas. Exatamente como todo mundo.
A maioria das pessoas com deficiência não se importa de responder a perguntas, principalmente aquelas feitas por crianças, a respeito da sua deficiência e como ela realiza algumas tarefas. Mas se você não tem muita intimidade com a pessoa, evite fazer perguntas muito íntimas.
Quando quiser alguma informação de uma pessoa deficiente, dirija-se diretamente a ela e não a seus acompanhantes.
Sempre que quiser ajudar, ofereça ajuda. Sempre espere sua oferta ser aceita, antes de ajudar. Sempre pergunte a forma mais adequada para fazê-lo. Mas não se ofenda se seu oferecimento for recusado. Pois nem sempre as pessoas com deficiência precisam de auxílio. Às vezes, uma determinada atividade pode ser mais bem desenvolvida sem assistência.
Se você não se sentir confortável ou seguro para fazer alguma coisa solicitada por uma pessoa deficiente, sinta-se livre para recusar. Neste caso, seria conveniente procurar outra pessoa que possa ajudar.
As pessoas com deficiência são pessoas como você. Têm os mesmos direitos, os mesmos sentimentos, os mesmos receios, os mesmos sonhos.
Você não deve ter receio de fazer ou dizer alguma coisa errada. Haja com naturalidade e tudo vai dar certo.
Se ocorrer alguma situação embaraçosa, uma boa dose de delicadeza, sinceridade e bom humor nunca falha.
Nem sempre as pessoas cegas ou com deficiência visual precisam de ajuda, mas se encontrar alguma que pareça estar em dificuldades, identifique-se, faça-a perceber que você está falando com ela, para isso pode por exemplo tocar-lhe levemente no braço, e ofereça seu auxílio. Nunca ajude sem perguntar antes como deve fazê-lo.
Caso sua ajuda como guia seja aceita, coloque a mão da pessoa no seu cotovelo dobrado. Ela irá acompanhar o movimento do seu corpo enquanto você vai andando. É sempre bom você avisar, antecipadamente, sobre a existência de degraus, pisos escorregadios, buracos e obstáculos em geral durante o trajeto.
Num corredor estreito, por onde só é possível passar uma pessoa, coloque o seu braço para trás, de modo que a pessoa cega possa continuar seguindo você.
Para ajudar uma pessoa cega a sentar-se, você deve guiá-la até a cadeira e colocar a mão dela sobre o encosto da cadeira, informando se esta tem braço ou não. Deixe que a pessoa sente-se sozinha.
Ao explicar direções para uma pessoa cega, seja o mais claro e específico possível, de preferência indique as distâncias em metros ("uns vinte metros a sua frente").
Algumas pessoas, sem perceber, falam em tom de voz mais alto quando conversam com pessoas cegas. A menos que a pessoa tenha, também, uma deficiência auditiva que justifique isso, não faz nenhum sentido gritar. Fale em tom de voz normal.
Por mais tentador que seja acariciar um cão-guia, lembre-se de que esses cães têm a responsabilidade de guiar um dono que não enxerga. O cão nunca deve ser distraído do seu dever de guia.
As pessoas cegas ou com visão subnormal são como você, só que não enxergam. Trate-as com o mesmo respeito e consideração que você trata todas as pessoas.
No convívio social ou profissional, não exclua as pessoas com deficiência visual das atividades normais. Deixe que elas decidam como podem ou querem participar.
Proporcione às pessoas cegas ou com deficiência visual a mesma chance que você tem de ter sucesso ou de falhar.
Fique à vontade para usar palavras como "veja" e "olhe". As pessoas cegas as usam com naturalidade.
Quando for embora, avise sempre o deficiente visual.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Deficientes buscam emprego,



"Deficientes buscam emprego, mas encontram barreiras mesmo sendo qualificados
um acompanhante para voltar para casa depois do serviço. Escassez de oportunidades e preconceito são obstáculos relatados por pessoas com deficiência que buscam trabalho.
Mesmo no caso de profissionais qualificados, ter diploma universitário ou curso superior em andamento não reduz as dificuldades.
Falta de acessibilidade, atribuição de funções aquém das suas habilidades e desrespeito são alguns dos problemas encontrados por profissionais ouvidos pela Folha.
A biblioteconomista Helena Maranhão, 27, que teve paralisia cerebral e fala e se movimenta com dificuldade, diz ter sido isolada do público em seu último emprego, em uma biblioteca de São Paulo.
Lá, onde trabalhou por três meses, a carteira de trabalho registrava "auxiliar de serviços gerais". Mesmo desempenhando uma função mais qualificada --Maranhão fazia pesquisa para novas aquisições--, a profissional conta que teve de ficar em uma sala fechada.
"Se a empresa tivesse preparo, eu estaria no balcão, em contato com os usuários."
Moradora do Itaim Bibi (zona oeste), Maranhão tem acesso a tratamento médico e a
Mas, na empresa em que trabalhou e de que foi demitida por "não atender às expectativas", ela não tinha acesso a um teclado especial, o que agilizaria seu trabalho.
Apesar de concorrer a vagas reservadas a deficientes, a profissional recebe ligações que mostram o despreparo de recrutadores. "Perguntam se estou bêbada. Nunca pensam que é a minha voz normal", diz.
Acesso
Fernanda Bucci, 25, cursou psicologia até o segundo ano na Unip (Universidade Paulista). Moradora de Perdizes (zona oeste), fala e se locomove com dificuldade, devido à falta de oxigenação que sofreu no momento do parto.
A profissional ressalta que pode assumir muitas funções, mas, para isso, precisa de um mínimo de acessibilidade.
Ela conta já ter ido a mais de 20 entrevistas de emprego desde que saiu da empresa do pai, em 2007. Mesmo lá, sendo filha do dono, conta que o preconceito era grande. "Tinha dificuldade para que cumprissem as minhas ordens", afirma.
Outros profissionais relatam que, mesmo quando conseguem uma vaga, são alocados em funções que estão aquém da sua qualificação.
A jornalista Leandra Migotto, 31, cadeirante, diz que foi "subaproveitada" na emissora de TV em que trabalhou. "Colocaram-me no telemarketing, não me deram chance", relata.
Já o estudante maranhense Alex Pereira, 33, desistiu de procurar emprego na iniciativa privada, depois de ter sofrido gozações em um trabalho. Ele pretende terminar a faculdade de jornalismo e prestar um concurso público. "